quinta-feira, 23 de junho de 2011

DINAMICAS PARA GRUPOS

DINÂMICA... " DA ÉTICA E SEUS VALORES"

Material: Bexiga, tiras de papel
Procedimento:
Formação em círculo, uma bexiga vazia para cada participante, com um tira de papel dentro (que terá uma palavra ou uma pequena frase para o final da dinâmica)
O facilitador dirá para o grupo que aquelas bexigas são as tentações que enfrentamos no nosso dia-a-dia (de acordo com a vivência de cada um), e as dificuldades para se manter um comportamento ético em todas as situações da nossa vida.
Cada um deverá encher a sua bexiga e brincar com ela jogando-a para cima com as diversas partes do corpo; depois todos brincam com todas as bexigas, sendo que todos juntos não devem deixar nenhuma bexiga cair, pois assim, quem deixar uma bexiga cair, terá sucumbido á tentação de agir sem ética em algum momento.
Aos poucos o facilitador pedirá para alguns dos participantes ( um a um, aos poucos) deixarem sua bexiga no ar e sentarem; os restantes continuam no jogo, tendo que manter todas as bexigas no ar. Quando o facilitador perceber que quem ficou no centro não está dando conta de vencer todas as tentações, peça para que cada um segure uma bexiga e voltem ao círculo.
E então o facilitador pergunta:
1) a quem ficou no centro, o que sentiu quando percebeu que estava ficando sobrecarregado de tentações;
2) e a quem saiu, o que  sentiu.

Ele pedirá aos participantes que estourem as bexigas e peguem o seu papel com o seu ingrediente, um a um deverão ler e fazer um comentário para o grupo, o que aquela palavra significa para ele.
Dicas de palavras ou melhores ingredientes: (coloca-se no papel só a palavra, a definição que aqui está serve de guia para o facilitador complementar a descrição do membro do grupo, se for necessário).
Lealdade: Quem é leal é ético para com seus amigos, jamais sucumbe á tentação de trair.
Concorrência: A ética é absolutamente necessária na concorrência. Precisamos concorrer lealmente, sempre respeitando as Leis, as Regras e nossos concorrentes.
Honestidade: O honesto é ético por natureza. Seja honesto para consigo mesmo, para com o próximo, para com Deus. A honestidade é vacina que reforça suas defesa contra a tentação de agir sem ética.
Não seja muito ambicioso; Sendo ético você poderá conquistar seus objetivos. A ambição, o desejo incontrolável de possuir, de ter, pode enfraquecer seu caráter e leva-lo a sucumbir a tentação de agir sem ética em algum momento.Devemos desejar as coisas que podemos conquistar com nosso esforço.
Trabalho - A ética e o trabalho honesto andam juntos. O trabalho deve ser o único meio para se conseguir realizar os desejos. Quem deseja muito, mas não se dedica ao trabalho, estará mais vulnerável. O caminho que promete ser mais rápido, exigir menos esforço, menos sacrifícios para se conseguir o que deseja, quase sempre está repleto de armadilhas e situações de risco.
Não seja muito apressado - Nunca se esqueça que você precisa ser ético em todas as circunstancias. A pressa quase sempre é inimiga da perfeição. Seja paciente consigo mesmo. Planeje a longo prazo. Você tem toda a sua vida pela frente. Busque conquistar seus objetivos, um a um, ao longo do tempo.
CABE AO FACILITADOR CRIAR UM BOM NÚMERO DE PALAVRAS EVITANDO PALAVRAS REPETIDAS MAIS DE DUAS VEZES. Até duas vezes é possível repetir sim, e você verá que cada membro que pegar uma palavra que já foi usada, poderá falar sobre ela, abordando um outro aspecto.
A CONCLUSÃO FINAL DA DINÂMICA VOCÊ PEDIRÁ AOS PARTICIPANTES.
Apresentação com Música
Objetivo
1- Facilitar o relacionamento entre os participantes de um grupo.
Passos
1- Coordenador distribui um cartão, um lápis e um alfinete para cada participante e pede que cada um escreva no cartão o nome e prenda-o na blusa. (Não pode ser apelido)
2- Os participantes sentam-se em círculo. O coordenador coloca-se no centro e convida os demais a cantar:
“Quando vim para este grupo, um(a) amigo(a) eu encontrei (o coordenador escolhe uma pessoa) como estava ele(a) sem nome, de (nome da pessoa) eu o(a) chamei.
Oh! amigo(a), que bom te encontrar, unidos na amizade iremos caminhar”(bis).
(Melodia: Oh, suzana!!)
3- O coordenador junta-se ao círculo e a pessoa escolhida, entoa a canção, ajudada pelo grupo, repetindo o mesmo que o coordenador fez antes. E assim prossegue o exercício até que todos tenham se apresentado.
4- A última pessoa entoa o canto da seguinte maneira:
“Quando vim para este grupo, mais amigos encontrei, como eu não tinha nome, de ...(cada um grita seu nome) eu o chamei.
Oh! amigos(as), que bom nos encontrar, unidos lutaremos para o mundo melhorar (bis)”
Avaliação
1- Para que serviu a dinâmica?
2- Como nos sentimos?

RECITAL MEU IRMÃO CELSO

Dança de rua

Formação Continuada- TEMA ARTE...MARAVILHOSO

A ARTE NA FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES

 [1]Ednéia Regenir da Silva
Nadir Gonçalves dos Santos                  

A escolha pelo tema Arte na Formação continuada de professores partiu da necessidade de implementar nossa prática pedagógica e do anseio que temos, enquanto professionais da Educação de se trabalhar a Arte  em sala de aula, não apenas como uma disciplina, mas de tornar a Arte, uma forma de estimulo e envolvimento dos alunos no planejamento propostos pelo professor, seja em qualquer disciplina. Pensamos ainda, esta formação, com a intenção de vivenciar junto aos colegas professores um pouco da experiência que temos no trabalho com a Arte em sala de aula. Abordamos num contexto geral, vários conceitos de arte, a partir da pergunta: O que é arte? Feita de uma forma dinâmica, com a participação dos professores, que puderam partilhar suas leituras relativo à conceitos de vários pensadores. Esse momento foi riquíssimo porque os professores fizeram abordagens interessantes, da forma como percebem a arte em suas vidas, no seu cotidiano, esse momento também proporcionou relatos de algumas experiências positivas e negativas com a arte, enquanto crianças.
Os professores pedagogos comentaram que alguns pais não dão importância aos trabalhinhos produzidos por seus filhos, tais como uma pintura, um desenho, um brinquedo confeccionado pela criança, e que tal fato, deixa-os sem estímulo para o trabalho artístico. No entanto, sabemos, que o aluno , em situação de aprendizagem, precisa ser convidado a se exercitar nas práticas de aprender a ver, observar, ouvir, atuar, tocar e refletir sobre suas produções.  Segundo Theodor AdornoA grandeza de uma obra de arte está fundamentalmente no seu caráter ambíguo, que deixa ao espectador decidir sobre o seu significado.” Portanto, a arte só é compreendida pelo ser se ela significar, dependendo do seu conhecimento, da sua vivencia etc.,  caso contrário ela passa a ser banalizada, sem valor algum.
A disciplina de arte deve ser trabalhada com os alunos desde a alfabetização, segundo os PCNs(1997), a educação em arte propicia o desenvolvimento do pensamento Artísitico e da percepção humana: o aluno desenvolve sua sensibilidade, percepção e imaginação, tanto no ato de realizar formas artísticas quanto na ação de apreciar e conhecer as formas produzidas por ele e pelos colegas, pela natureza e nas diferentes culturas.
Desde o inicio da história da humanidade a arte sempre esteve presente em praticamente todas as formações culturais. Então não dá para pensar a vida sem a arte, ela permeia tudo que está em nossa volta assumindo várias funções: como a arte utilitária, que da conta de tudo que é necessário ou supérfluo como vestes, calçados, eletrodomésticos etc.; a arte como contexto histórico, podendo ser localizada num tempo e num espaço, na cultura de um povo, em seus costumes, linguajar, culinária, dança , música etc.
Fizemos uma viagem sobre as artes no mundo ocidental, que se dividiu em três importantes fases: Paleolítico inferior, Paleolítico Superior  e Neolítico; a Arte mesopotâmica; a Arte egípcia; Arte Romana ocidental e oriental e Arte Renascentista.
Muitos professores contribuíram com o conhecimento sobre o assunto abordado, como a professora de história Aparecida de Jesus que contribuiu com informações históricas significativas sobre a memória cultura dos povos egípcios e outras civilizações.
Assim como é conduzido o trabalho em sala de aula, unindo teoria e prática, colocamos os colegas professores para produzir atividades artísticas em grupos, uma forma de experimentar algumas modalidades da arte, como a pintura, a música, o teatro, o cinema e a fotografia.
Cada grupo procurou se aprofundar sobre a modalidade, da qual ficaram responsáveis. E depois expuseram suas reflexões, junto a atividade preparada por eles.
O primeiro grupo abordou sobre o conceito de Fotografia como arte.  A atividade prática consistia em escolher um tema para as fotos que deveriam ser feitas na escola, num curto período de tempo, e depois montar uma painel digital. Escolheram, assim, o tema: Diversidade das Flores.

Olhem o resultado!!!! Que Maravilha!!!







                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                           A professora Fernanda comentou ainda, que as flores estavam ali no ambiente escolar e que dificilmente os alunos, professores, funcionários param para observar a sua beleza, a sua cor, a sua forma. A arte natural ao alcance dos olhos, e a fotografia tem a capacidade de registrar os detalhes de cada elemento,  de cada objeto, nos fazendo ter um olhar diferente para eles, um olhar de singularidade.
O segundo grupo nos trouxe o encantamento do cinema mudo, no qual temos como pioneiro o Charles Chaplin que contribuiu muito para a evolução do cinema. Como atividades prática, dramatizaram uma cena com mimicas,  aproveitando a temática da indisciplina dos alunos em sala de aula.

O terceiro grupo fez um breve histórico sobre a Dança. Como atividade prática, dançaram uma sequência musical com diversos ritmos e estilos musicais, com o intuito de destacar a evolução da música na atualidade e ainda a diversidade de gêneros musicais, que servem para situações e contextos diferentes. A atividade foi bem interessante, pois proporcionou um momento de descontração e recordação de musicas antigas que abalaram nos anos 60 e 70. As músicas escolhidas foram: Tango – La Comparcita, Rock dos anos 60 – Labamba; Lambada: grupo Kaoma; Música eletrônica; Funk: Mc Cidinho. Eu só quero ser feliz; Rasqueado: Henrique e Claudinho. Pixé.


O quarto grupo nos fez rir muito com a dramatização de uma cena de teatro com o tema “A morte de Cafubira”, cena de um filme que acontece em três versões: rindo, chorando e em câmara lenta, explorando assim, a expressão corporal e facial, trabalho que resultou em um pequeno vídeo que foi postado no youtube no seguinte endereço: http://youtu.be/Q86OI2q00Yo. Assistam, vale a pena.
O último grupo, da artes Plástica, trabalharam com a pintura, fazendo um percurso da pintura rupestre até chegar à pintura moderna. Como atividades reproduziram uma tela da Tarsila do Amaral, “Abaporú” observando os traços, tonalidades de cores, tema etc., e a reprodução da pintura rupestre, apresentando então duas formas de pintar. O grupo fez abordagem interessante sobre a experiência da produção artística.
Vale ressaltar, que ao final de todo o trabalho realizado, nos surpreendemos com o desempenho dos professores, pois aceitaram a proposta de trabalho e se desempenharam para dar o melhor de si, assim como fazemos em sala de aula. Por meio dos trabalhos realizados, descobrimos varias maneiras de implementar nossa prática pedagógica, de forma mais prazerosa e dinâmica, visto que a arte tem a capacidade de nos fazer descobrir novas habilidades, novos dons e também de despertar prazer, descontração e espontaneidade, de nos fazer assumir outros papeis nos ambientes por onde circulamos no dia a dia. Em outras palavras, conforme Beverly Sills "A arte é a assinatura da civilização”.






[1] Professoras das disciplinas de Língua Portuguesa e Arte na Escola Ana Maria das Graças de Souza Noronha. Palestrantes na respectiva Formação Continuada de Professores.


ATIVIDADES DA FORMAÇÃO CONTINUADA


sexta-feira, 20 de maio de 2011

RECITAL MEU IRMÃO CELSO

DINAMICAS PARA GRUPOS

DINÂMICA... " DA ÉTICA E SEUS VALORES"


Material: Bexiga, tiras de papel
Procedimento:
Formação em círculo, uma bexiga vazia para cada participante, com um tira de papel dentro (que terá uma palavra ou uma pequena frase para o final da dinâmica)
O facilitador dirá para o grupo que aquelas bexigas são as tentações que enfrentamos no nosso dia-a-dia (de acordo com a vivência de cada um), e as dificuldades para se manter um comportamento ético em todas as situações da nossa vida.
Cada um deverá encher a sua bexiga e brincar com ela jogando-a para cima com as diversas partes do corpo; depois todos brincam com todas as bexigas, sendo que todos juntos não devem deixar nenhuma bexiga cair, pois assim, quem deixar uma bexiga cair, terá sucumbido á tentação de agir sem ética em algum momento.
Aos poucos o facilitador pedirá para alguns dos participantes ( um a um, aos poucos) deixarem sua bexiga no ar e sentarem; os restantes continuam no jogo, tendo que manter todas as bexigas no ar. Quando o facilitador perceber que quem ficou no centro não está dando conta de vencer todas as tentações, peça para que cada um segure uma bexiga e voltem ao círculo.
E então o facilitador pergunta:
1) a quem ficou no centro, o que sentiu quando percebeu que estava ficando sobrecarregado de tentações;
2) e a quem saiu, o que  sentiu.


Ele pedirá aos participantes que estourem as bexigas e peguem o seu papel com o seu ingrediente, um a um deverão ler e fazer um comentário para o grupo, o que aquela palavra significa para ele.
Dicas de palavras ou melhores ingredientes: (coloca-se no papel só a palavra, a definição que aqui está serve de guia para o facilitador complementar a descrição do membro do grupo, se for necessário).
Lealdade: Quem é leal é ético para com seus amigos, jamais sucumbe á tentação de trair.
Concorrência: A ética é absolutamente necessária na concorrência. Precisamos concorrer lealmente, sempre respeitando as Leis, as Regras e nossos concorrentes.
Honestidade: O honesto é ético por natureza. Seja honesto para consigo mesmo, para com o próximo, para com Deus. A honestidade é vacina que reforça suas defesa contra a tentação de agir sem ética.
Não seja muito ambicioso; Sendo ético você poderá conquistar seus objetivos. A ambição, o desejo incontrolável de possuir, de ter, pode enfraquecer seu caráter e leva-lo a sucumbir a tentação de agir sem ética em algum momento.Devemos desejar as coisas que podemos conquistar com nosso esforço.
Trabalho - A ética e o trabalho honesto andam juntos. O trabalho deve ser o único meio para se conseguir realizar os desejos. Quem deseja muito, mas não se dedica ao trabalho, estará mais vulnerável. O caminho que promete ser mais rápido, exigir menos esforço, menos sacrifícios para se conseguir o que deseja, quase sempre está repleto de armadilhas e situações de risco.
Não seja muito apressado - Nunca se esqueça que você precisa ser ético em todas as circunstancias. A pressa quase sempre é inimiga da perfeição. Seja paciente consigo mesmo. Planeje a longo prazo. Você tem toda a sua vida pela frente. Busque conquistar seus objetivos, um a um, ao longo do tempo.
CABE AO FACILITADOR CRIAR UM BOM NÚMERO DE PALAVRAS EVITANDO PALAVRAS REPETIDAS MAIS DE DUAS VEZES. Até duas vezes é possível repetir sim, e você verá que cada membro que pegar uma palavra que já foi usada, poderá falar sobre ela, abordando um outro aspecto.
A CONCLUSÃO FINAL DA DINÂMICA VOCÊ PEDIRÁ AOS PARTICIPANTES.
Apresentação com Música
Objetivo
1- Facilitar o relacionamento entre os participantes de um grupo.
Passos
1- Coordenador distribui um cartão, um lápis e um alfinete para cada participante e pede que cada um escreva no cartão o nome e prenda-o na blusa. (Não pode ser apelido)
2- Os participantes sentam-se em círculo. O coordenador coloca-se no centro e convida os demais a cantar:
“Quando vim para este grupo, um(a) amigo(a) eu encontrei (o coordenador escolhe uma pessoa) como estava ele(a) sem nome, de (nome da pessoa) eu o(a) chamei.
Oh! amigo(a), que bom te encontrar, unidos na amizade iremos caminhar”(bis).
(Melodia: Oh, suzana!!)
3- O coordenador junta-se ao círculo e a pessoa escolhida, entoa a canção, ajudada pelo grupo, repetindo o mesmo que o coordenador fez antes. E assim prossegue o exercício até que todos tenham se apresentado.
4- A última pessoa entoa o canto da seguinte maneira:
“Quando vim para este grupo, mais amigos encontrei, como eu não tinha nome, de ...(cada um grita seu nome) eu o chamei.
Oh! amigos(as), que bom nos encontrar, unidos lutaremos para o mundo melhorar (bis)”
Avaliação
1- Para que serviu a dinâmica?
2- Como nos sentimos?

RELATO DE EXPERIENCIA. APLICABILIDADE DA LEI 10639/03 EM SALA DE AULA

ESCOLA ESTADUAL DESEMBARGADOR GABRIEL PINTO DE ARRUDA
DISCIPLINA : LÍNGUA PORTUGUESA E ARTES
Prof.ª  NADIR GONÇALVES
TURMA:    série
RELATO DE APLICABILIDADE DA LEI 10.639/03 EM SALA DE AULA
TÍTULO:  UM OLHAR DE FORA PARA DENTRO DA  HITORIA AFRO
“Quem somos?  De onde viemos? Para onde vamos?
Essas são questões que as pessoas fazem pra conhecer a si e reconhecer aos outros, para definir-se e para identificar-se. Também servem para criar o sentimento de pertencimento a um ou  vários grupos, para conhecer a realidade presente, passada e projetar o futuro.
Saber quem somos equivale a varias questões, por exemplo? Oque é o Brasil? Oque nos torna brasileiros e brasileiras? Como foi formada essa identidade? Para achar as respostas precisamos percorrer a vários caminhos começando pelo caminho  que nos remete até a África.
Relato aqui a minha simples experiência com alunos do ensino fundamental da Escola Gabriel Pinto de Arruda.
*      O meu primeiro contato com a lei 10639/03 foi em 2005, através do prof. Paulo Alberto Santos Vieira, quando participei de dois encontros no projeto sobre Diversidade Racial na Escola, Implementando a Lei 10639/03. Por outros motivos me ausentei do curso, mas passei a discutir o assunto em sala de uma forma tímida, fazendo algumas reflexões de textos poemas, musicas etc.
*      No inicio de 2007houve uma seleção para participar do projeto de Extensão de Diversidade Racial na Escola; fui contemplada. Depois de alguns encontros e algumas leituras comecei a entender que a partir do momento que fosse incluído no currículo escolar o estudo da historia da Afro-brasileira, os nossos alunos com certeza teriam uma visão mais positiva da nossa identidade. Pois através desse resgate histórico estaríamos desmistificando a história  estereotipada  que vinha sendo ensinada nos livros didáticos ao longos dos anos, onde nós professores também aprendemos, e que afazendo isso estaríamos também resgatando os valores, a autoestima e a auto afirmação como ser que tem direitos e deveres iguais a cumprir na sociedade. Mas como fazer isso?  O desafio estava lançado.

*      COMEÇANDO O TRABALHO

*     
 Uma sala de 5° serie, 23 alunos todos com  perfil  descendentes-afro. Vinha observando que os alunos eram muito inquietos  , alguns se agrediam verbalmente, proferindo apelidos maldosos como:  seu macaco, saci, pitbull, gambá etc.,  a ação imediata era chamar atenção, conversar, mas não tinha bom resultado. Tinha começado a desenvolver um projeto intitulado A arte de escrever o material selecionado para leitura eram os contos clássicos, mas eu queria de certa forma ter esse momento como ponto de partida para falar sobre a identidade das crianças, mas como? Foi onde comecei a questioná-los. Elaborei algumas perguntas como: quantos príncipes e princesas negras conseguem identificar nos contos que já conhecem? Você se vê nos ambientes que perpassam nos contos? Com quem vocês conseguem se identificar, observando as características físicas, econômica e social?   Houve um silencio de uns 3 minutos logo os alunos começaram a falar e disseram que não conheciam nenhum príncipe nem princesa negra, e que eles vivem em castelos, falam muito em ouro, riqueza etc., foi  o ponto de partida.

*      1° ETAPA: SENSIBILIZAÇÃO

*      Levei uma atividade dinâmica  chamada a festa das cores com objetivo de trabalhar a sensibilização . A dinâmica ala sobre um convite que um rei faz a  todas as cores para uma festa, e na festa cada cor fala de si e da sua importância, no final tem uma reflexão que, embora cada cor seja muito diferente uma da outra, quando juntas  tem significados grandiosos. Foi então que introduzi a fala sobre a importância de cada um de nós ali presente independente da cor da pele, tipo de cabelo, classe social, opção sexual, características física etc.
*       Ainda nessa aula pedi aos alunos que fizessem uma colagem  de imagens de pessoas que assemelhasse a seus familiares e depois produzissem um texto falando sobre a sua família. Duas alunas negra(mestiça) colaram figuras de pessoas brancas e nos texto produzido falava que agostaria de ter cabelos loiros e lisos, perguntei a elas então se não gostavam delas do jeito que eram. Timidamente responderam : -  mais ou menos.  Pensei comigo se é obrigatório trabalhar a historia da África e africanidade vai ser mais fácil porque o professor de historia deve estar fazendo isso, me enganei, os alunos disseram que não. Resolvi então fazer a minha parte.
*      Na aula seguinte levei para sala um documentário organizado pelo CEPIR, MEC, TV CULTURA E REDE GLOBO INTITULADO A COR DA CULTURA,  que faz um passeio  pela história do continente africano, abordando assuntos pertinentes a  religião, a economia, classe social, um momento bem interessante quando mostra o corpo por dentro , momento esse onde eles percebem que realmente somos todos iguais oque difere é a personalidade. Esse documentário  oportunizou  muitos comentários que enriqueceu a aula, todos queriam dar suas opiniões sobre oque achavam sobre os vários tipos de pré-conceitos e discriminação que viram, ouviram  e vivenciam, foi então que toquei no assunto dos apelidos, disse a eles que apelidos também era uma forma de descriminar o colega. Nesse momento uma aluna perguntou. _ professora qual é a diferença do pré-conceito, racismo e discriminação?  Respirei fundo e propus uma pesquisa naquele momento, partimos para a pesquisa coletiva em textos da internet, dicionários e um livro muito interessante chamado Superando o Racismo em sala de aula nos deu um suporte mais claro simples e objetivo. E ficou assim: Racismo: “é uma ideologia que postula a existência de hierarquia entre os grupos humanos”  (programa nacional de Direitos humanos, 1998 p.  12). Pode ser definido também  como: a teoria ou ideia de que existe uma relação  de causa e efeito entre as características físicas herdadas por uma pessoa e certo traços de sua personalidade, inteligência ou cultura. E somando tudo isso a noção de que certas raças são naturalmente inferiores ou superiores a outras (BEATO, 1998, P.1); PRECONCEITO: “É uma opinião preestabelecida, que é imposta pelo meio, época e educação. Ele regula as relações de uma pessoa com a sociedade. Ao  regular ele permeia toda a sociedade, tornando-se uma espécie de mediador de todas as relações humanas. Pode ser definido também como uma indisposição, um julgamento prévio,  negativo, que se faz pessoas estigmatizadas por estereótipos. Exemplos de alguns pré-conceitos clássico: “ Todos os homens são fortes”. Toda criança negra vai mal na escola”. “Mulher bonita é burra” etc. DISCRIMINAÇÃO: É o nome que se dá para a conduta (ação ou omissão) que viola direitos das pessoas com base em critérios injustificados e injustos, tais como a raça, o sexo, a idade, a opção religiosa e outros. A discriminação é algo assim como a tradução pratica, a exteriorização,  a manifestação, a materialização do racismo do preconceito e do estereotipo. Como o próprio nome diz, é uma ação (no sentido de deixar de fazer algo) que resulta em violação dos direitos (Programa Nacional de Direitos Humanos, op. Cit., p.15.)
*      Depois da leitura voltamos a conversar sobre os  apelidos que ora vinha escutando na sala de aula constantemente, disse que só quem está sendo apelidado é quem sofre na pele essa agressão. Disse ainda que nós temos um nome que é registrado em cartório e devemos se chamados por ele. A partir daquele dia percebi que os apelidos se limitaram nas minhas aulas.
*     
*      2° ETAPA – IDENTIFICAÇÃO

Retomei os trabalhos com os contos porem com literaturas desconhecidas, como já tínhamos feito o reconhecimento de que não encontravam-se príncipes, princesas e heróis negros, propus a leitura de três  narrativas: Amanhecer Esmeralda, Menina bonita do laço de fita, A cinderela indígena, e o filme Kiriku e a Feiticeira Karaba. Começamos então com a leitura dinâmica do conto A cinderela indígena o qual foi adaptado em peça teatral e apresentado em sala de aula. As outras duas narrativas trabalharam com analises, produções de textos, poesias, história em quadrinhos, textos em prosa e um conto.
Na aula seguinte assistimos ao filme Kiriku, os alunos ficaram encantados com a narrativa, com o ambiente, com o ser encantado que embora for tão pequeno demonstrou uma grandiosidade desvendando e resolvendo os problemas da Aldeia, foi uma aula só de comentários e contribuições. Eu estava muito feliz porque estava conseguindo êxito com o trabalho, todos os alunos participavam ativamente das atividades, demonstrando interesse, compromisso querendo apresentar o melhor trabalho.

UM PEQUENO RESUMO  DOS CONTOS

Amanhecer Esmeralda traz em seu  enredo a historia de uma menina negra, pobre,  o pai alcóolatra, mãe saia todo dia as 5 da manha para trabalhar, e Esmeralda não tinha os cuidados nem a atenção dos mesmos, se virava sozinha, ia para escola muitas vezes despenteada, amarrotada, sempre com um olhar muito tímido, sentava isolada dos colegas e isso chama atenção do professor que começa uma conversa com ela. Nessa conversa ele propõe a menina que alguém cuide de seus cabelos e ai começa toda uma mudança de pensamento e comportamento da menina Esmeralda. A merendeira da escola começa a trançar os seus cabelos e contar a historia do penteado de uma rainha africana. Quando terminou Esmeralda olhou-se no espelho e ficou encantada com a sua beleza e não tinha mais vergonha da sua cor, do seu nariz dos seus cabelos e pensava: - Assim que a rainha devia ser.
Interessante que essa historia dez com que as alunas de desejava ter cabelos loiros e pele clara mudassem de opinião passou a gostar de seus cabelos, no outro dia apareceram de tranças lindinhas e muito mais felizes.

O filme Kiriku  conta uma historia que se passa em uma tribo africana, onde todos são escravos de uma mulher chamada Karabá  que se denomina feiticeira, e domina esse povo através de algumas mentiras. Kiriku  entra em cena para desvendar e resolver alguns problemas vividos  pelo povo da aldeia. Um ser pequeno porem com grandes valores éticos e morais.  Com esse contexto pudermos refletir que independente de ser preto, branco, grande, pequeno, pobre ou rico, cada um de nós temos o nosso valor, e que temos que valorizar o caráter  que cada ser possui.

A menina bonita do laço de fita  traz uma reflexão sobre a miscigenação de forma bem prazerosa com um diálogo entre a menina   e um coelho branco que tem um enorme desejo de ser pretinho  igual a ela, nessa conversa ela vai dando algumas dicas de como ele pode ficar pretinho e nada funciona, até que ele chega a conclusão que se casar com uma coelhinha pretinha terá filhos pretinhos mas que ele não pode mudar sua cor. Os alunos então entenderam que temos que nos aceitar do jeito que somos, nada de querer ficar branco, alisar cabelos, criar outra identidade.

*      TERCEIRA ETAPA

ATIVIDADES
Depois de leituras, de abates, propus uma atividade; Pedi que escolhessem um personagem dos contos que foram lidos entre os clássicos e outros, o qual se identificasse para produzir uma nova narrativa. As produções me impressionaram.
Algumas alunas escolheram a cinderela indígena, outras a Esmeralda e todos os meninos o Kiriku, perguntei então porque não escolheram branca de neve, cinderela etc., e eles rapidamente responderam que esses personagens não tinham nada a ver com eles que eram todos ricos, branco e moravam em castelos.

ENCERRAMENTO DO TRABALHO

Propus uma atividade chamada colcha de retalhos. Cada aluno recebeu um pedaço de retalho colorido e pedi que nesse momento contassem algo que lhe incomodou ou que estivesse incomodando em casa, na escola ou em outro lugar e que a partir do momento que fossem contando iam costurando os pedaços de retalhos. Choramos juntos ao ouvir histórias muito tristes, e isso me fez entender como professora que o comportamento e de alguns alunos se dava devido à convivência com situações constrangedora, desconfortável em casa e principalmente na escola onde era o foco principal. Percebi que se sentiram aliviados ao desabafarem.
Ainda nesse momento os alunos questionaram se era verdade que na África era um lugar muito feio, onde só tinha pobreza, miséria, doença, fome e que é isso que eles viam na TV. Foi ai então que tive a ideia de Leva-los para a secretaria e pedi que nos deixassem usar a internet para que conhecessem o lado lindo da África, os lugares, as cores. Ficaram encantados  de ver esse mundo lindo e desconhecido, pois só viam e escutavam coisas negativas. Com a colcha  propus que cada um escolhesse um estado ou pais africano e produzisse uma frase, um poema de forma positiva para o lugar, e assim fizeram colocamos essa colcha de retalhos na parede do fundo da sala de forma bem visível e eles ficaram orgulhos com sua próprias produções,  sugeriu que convidássemos outras turmas para visitar a sala e foi um sucesso.
Eis algumas produções

Mali
Mali lugar de muita cor
Também de muita dor
Quero contribuir
Demonstrando o meu amor.
(Gleici)

Sudão
Quero gritar bem alto
Para o povo do Sudão
Que sou parte dessa historia
Que me orgulho de ser negro
Negro de bom coração
 (Rosilene)



TRABALHOS COM EJA
Trabalhei com analise de livros didáticos, literaturas, imagem televisíveis, jornalísticas e gráficas para que pudéssemos observar de que forma que o negro estava inserido nessas instancias, se realmente estava sendo incluso ou excluso dependendo da forma que os retratavam. Foi um momento rico de muita conversa, desabafos, relatos de experiências vivenciadas.

Propus uma atividade de pesquisa sobre a história do Samba, colagens de reportagens de cantores e compositores negros que se orgulham de ser negro, que tem coisas negativas como lembrança mas que superaram através da musica e da resistência.

Pesquisa sobre alguns negros e negaras que conseguiram sucessos mesmo com essa guerra discriminatória e fizeram história colaborando com  o nosso país.
Os que ganharam destaque pelos alunos foram;

·         Abadias do Nascimento (negra). Foi protagonista de vários fatos históricos como a criação do movimento negro Unificado em São Paulo;
·         Adhemar Ferreira da Silva (Negro) primeiro campeão olímpico brasileiro conquistou duas medalhas de ouro no salto triplo em 1952;
·         Agenor de Oliveira – Cartola  autor de sambas inesquecíveis como:  As Rosas não falam;
·         Castro Alves – foi representante da escola condoreira na poesia , escritor literário considerado o poetas da abolição.

 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
 Para entender o negro no Brasil hoje. KABENGELE MUNANGA.NILMA LINO GOMES
MENINA BONITA DO LAÇO DE FITA;
SUPERANDO ORACISMO NA SALA DE AULA. KABENGELE MUNANGA.ORGANIZADOR
AMANHECER ESMERALDA
FILMES:
KIRIKU E A FEITICEIRA KARABÁ
VISTA A MINHA PELE
OLHOS AZUIS
O ELO PERDIDO
DIAMANTE DE SANGUE
AUSTRALIA
O MENINO DO PIJAMA  LISTRADO