ESTADO DE MATO GROSSO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA
ESCOLA ESTADUAL PROFª. ANA MARIA DAS
GRAÇAS DE SOUZA NORONHA
ÁREA DA LINGUAGEM
RELATÓRIO DO TRABALHO DESENVOLVIDO NO PROJETO “SALA DO EDUCADOR” NA
ÁREA DA LINGUAGEM
DOCENTES:
Diego Silva
Redez
Dionila Gomes
Tavares
Ednéia Regenir da
Silva Conceição
Maria
Zeneide dos Santos da Silva
Margareth Aparecida de Lara Sales
Nadir Gonçalves dos Santos
Patrícia Domenes
Geraldes Carvalho
CÁCERES-MT, 2013.
RELATÓRIO DO TRABALHO DESENVOLVIDO NO PROJETO SALA DO EDUCADOR NA
ÁREA DA LINGUAGEM
Diante
do cenário de intensas mudanças e transformações em que estamos inseridos: a revolução
tecnológica, aceleração do tempo e a interatividade com as diversas mídias, a
Área da Linguagem, neste ano de 2013, tomou como objeto de estudo “A formação
de professor frente aos desafios impostos pela mídia e as novas tecnologias”, considerando que o estudo das
tecnologias é recente e tem acompanhado as mudanças educacionais que
caracterizam este início de século. Assim, objetivamos nesse processo de formação
profissional analisar, refletir e discutir sobre a Tecnologia Educativa – TE, pensando
a mídia como um instrumento de ensino/aprendizagem nos novos tempos.
Os
encontros de formação semanais foram realizados em dois momentos. O primeiro momento, mais específico, onde os
grupos se reuniram por áreas do conhecimento, buscando aprofundar o tema
proposto no projeto elaborado, por meio de pesquisas, leituras e debates; O segundo
momento, de forma interdisciplinar, reunindo todos os profissionais da educação
para socialização e estudo de temas gerais. Dessa forma, vamos relatar
especialmente as reuniões feitas por área, nas quais desenvolvemos nosso
projeto.
No
primeiro encontro realizado por área (02/04/2013),
aproveitamos para fazer a leitura
do texto “Os múltiplos conhecimentos:
saberes do aluno, saberes do professor, saberes locais, saberes universais”
de Zilda Kessel. Nele, a autora aborda o processo de constituição da escola
como instituição e as mudanças de concepção pela qual ela passou ao longo dos anos.
Segundo Kessel (2009):
“A informação não é mais privilégio das instituições educativas e pode
chegar aos educandos em diferentes lugares e situações. O controle sobre a
informação e sobre os significados a que os alunos têm acesso não será mais
privilégio da escola, nem do professor. (KESSEL, 2009. p.116)
Ou seja, a escola deve se apropriar do conhecimento
sistematizado, da organização dessas informações, que provavelmente os alunos
já trazem consigo. Discutimos ainda, sobre a rapidez com que as informações
chegam até o aluno e como podemos fazer essa mediação, transformando as
informações em conhecimento e aprendizagem. Chegamos à conclusão de que essa
não é uma tarefa fácil, mas também não impossível. Acreditamos que uma das
formas de intervir é considerando os instrumentos tecnológicos como aliados e
não adversários.
Refletimos também sobre a falta de estímulo à
aprendizagem, devido ao uso constante de algumas mídias como: celular, fone,
etc., instrumentos que se tornam cada vez mais atrativos, roubando a atenção dos
alunos.
No segundo encontro (16/04/2013), nos reunimos no Laboratório de informática para pesquisar
sobre “A Tecnologia educativa e o
currículo escolar”. Neste momento de pesquisa aproveitamos para tirar as
dúvidas sobre o tema abordado e algumas questões que ficaram da reunião
anterior. Buscamos fundamentação teórica para sustentação do nosso projeto. No
final, socializamos as informações mais relevantes, tendo ainda mais claro que
é “na concretização de uma mesma finalidade educativa, que a TE se cruza com o
Currículo, integrando-o, instituindo-se como que seu berço “operacional” para
as questões da comunicação educativa.”
No terceiro encontro (30/04/2013) abordamos como temática: “A Tecnologia educativa à luz das Teorias Curriculares”. Através das
Orientações curriculares podemos esclarecer o papel da tecnologia na busca do
conhecimento e compreender de que forma podemos conciliar aprendizagem e
tecnologia. Conforme Toller (1990: p.132) Castells (2000: p.116) “na sociedade
global em que vivemos, o poder está na informação”. Ela nos chega em “fluxos” de maneira “descontextualizada”(Pacheco,
2001), através dos múltiplos meios de comunicação de massa. De certa maneira,
acaba provocando uma “sobrecarga informacional”, obrigando-nos a nos adaptar
rapidamente, de modo prático e cuidadoso. Pois o que ontem era conhecimento,
hoje já se tornou ultrapassado. (Lazio e Castro, 1995: p.132). Isto significa
dizer, que a busca pelo conhecimento deve ser constante e como profissionais da
educação que somos, devemos estar atentos as mudanças para que nossas aulas não
se tornem ultrapassadas.
No quarto encontro (14/05/2013) tratamos de questões relativo ao “Currículo escolar e o papel do professor no contexto das tecnologias
educacionais”, no intuito de refletir um pouco mais sobre o perfil do
professor dos novos tempos. Dialogamos sobre a importância da atualização do
professor quanto ao uso das mídias e o reconhecimento do seu papel como
mediador e formador. Pesquisamos também alguns vídeos que tratam dessa
temática, como por exemplo, o vídeo que traz a história de “Joãozinho”. Este por sua vez, aborda a
questão de que os alunos estão constantemente ligados e conectados as
informações, vivem num tempo acelerado e num mundo agitado, e muitas vezes
quando vão à escola, não conseguem se adaptar, pois percebem que ela não
evoluiu, ou seja, continua nos moldes tradicionais, ou muitas vezes, mudam os
instrumentos, mas os métodos continuam os mesmos.
No quinto encontro (28/05/2013), fizemos um estudo conciso sobre “A sociedade da informação”, na qual entendemos que “a narrativa
digital promete-nos uma vida cômoda, ajustada às necessidades e gostos
individuais: as casas inteligentes, a comunicação permanente, o acesso fácil e
rápido a fontes inesgotáveis de informação”, coisas que facilitam, de certa
forma, a vida do individuo, mas prejudica de modo geral, a vida comunitária e o
bem-estar social. Nesse sentido, entendemos que o papel do educador deve ser o
de mediador, ou seja, não deve se eximir de ensinar o aluno a selecionar as
informações, a utilizar adequadamente os meios de comunicação a que têm acesso,
a analisar a sua realidade, a questionar o que assimilam das mídias sociais, e
principalmente, a agir de forma coerente com os princípios e valores morais na
vida em sociedade.
No sexto encontro (11/06/2013), fizemos um levantamento de textos de diversos gêneros
que podem ser utilizados em sala de aula para estudo, e que por sua vez abarcam
as seguintes temáticas: tecnologia, educação e desafios de cidadania.
O Sétimo encontro (25/06/2013), cujo tema foi: “Tecnologia
da informação e comunicação na formação de professores”, procuramos nos
ater às teorias que formulam sobre a era digital e a tecnologia da informação,
bem como a importância da comunicação na formação de professores. Neste,
chegamos a compreensão de que, no que diz respeito à tecnologia, há um grupo
favorável ao uso das novas mídias, mas também há um grupo que demonstra certa
resistência, talvez por falta de formação e preparação para uso desses instrumentos
ou mesmo por conservadorismo.
No oitavo encontro (09/07/2013) discutimos sobre “A
comunicação audiovisual no processo didático: no ensino e na formação
profissional”
O nono encontro realizado por área (05/11/2013) foi o momento de
organização e sistematização dos dados coletados durante os encontros, no
processo de execução do projeto. Preparamos alguns slides com mensagens,
teorias, vídeos e imagens a respeito do tema proposto para fazer a exposição e
socialização aos demais profissionais.
No décimo encontro (12/11/2013) fizemos a apresentação e socialização do nosso projeto executado
na Área da Linguagem, aproveitamos ainda para fazer a avaliação dos resultados
obtidos no processo de desenvolvimento do mesmo. Pedimos ao técnico do
laboratório de informática que fizesse a apresentação de alguns programas de
computador que podem ser utilizados como instrumento de ensino-aprendizagem.
Esta foi uma estratégia interessante de uso da tecnologia de forma benéfica.
Como nosso grupo foi o último a socializar, encerramos a formação com uma
confraternização, manifestando nossa satisfação de concluir mais um trabalho
realizado com esforço e determinação.
REFERÊNCIAS
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