[1]Ednéia Regenir da Silva
Nadir Gonçalves dos Santos
A escolha pelo tema Arte na Formação continuada de professores partiu da necessidade de implementar nossa prática pedagógica e do anseio que temos, enquanto professionais da Educação de se trabalhar a Arte em sala de aula, não apenas como uma disciplina, mas de tornar a Arte, uma forma de estimulo e envolvimento dos alunos no planejamento propostos pelo professor, seja em qualquer disciplina. Pensamos ainda, esta formação, com a intenção de vivenciar junto aos colegas professores um pouco da experiência que temos no trabalho com a Arte em sala de aula. Abordamos num contexto geral, vários conceitos de arte, a partir da pergunta: O que é arte? Feita de uma forma dinâmica, com a participação dos professores, que puderam partilhar suas leituras relativo à conceitos de vários pensadores. Esse momento foi riquíssimo porque os professores fizeram abordagens interessantes, da forma como percebem a arte em suas vidas, no seu cotidiano, esse momento também proporcionou relatos de algumas experiências positivas e negativas com a arte, enquanto crianças.
Os professores pedagogos comentaram que alguns pais não dão importância aos trabalhinhos produzidos por seus filhos, tais como uma pintura, um desenho, um brinquedo confeccionado pela criança, e que tal fato, deixa-os sem estímulo para o trabalho artístico. No entanto, sabemos, que o aluno , em situação de aprendizagem, precisa ser convidado a se exercitar nas práticas de aprender a ver, observar, ouvir, atuar, tocar e refletir sobre suas produções. Segundo Theodor Adorno “A grandeza de uma obra de arte está fundamentalmente no seu caráter ambíguo, que deixa ao espectador decidir sobre o seu significado.” Portanto, a arte só é compreendida pelo ser se ela significar, dependendo do seu conhecimento, da sua vivencia etc., caso contrário ela passa a ser banalizada, sem valor algum.
A disciplina de arte deve ser trabalhada com os alunos desde a alfabetização, segundo os PCNs(1997), a educação em arte propicia o desenvolvimento do pensamento Artísitico e da percepção humana: o aluno desenvolve sua sensibilidade, percepção e imaginação, tanto no ato de realizar formas artísticas quanto na ação de apreciar e conhecer as formas produzidas por ele e pelos colegas, pela natureza e nas diferentes culturas.
Fizemos uma viagem sobre as artes no mundo ocidental, que se dividiu em três importantes fases: Paleolítico inferior, Paleolítico Superior e Neolítico; a Arte mesopotâmica; a Arte egípcia; Arte Romana ocidental e oriental e Arte Renascentista.
Muitos professores contribuíram com o conhecimento sobre o assunto abordado, como a professora de história Aparecida de Jesus que contribuiu com informações históricas significativas sobre a memória cultura dos povos egípcios e outras civilizações.
Assim como é conduzido o trabalho em sala de aula, unindo teoria e prática, colocamos os colegas professores para produzir atividades artísticas em grupos, uma forma de experimentar algumas modalidades da arte, como a pintura, a música, o teatro, o cinema e a fotografia.
Cada grupo procurou se aprofundar sobre a modalidade, da qual ficaram responsáveis. E depois expuseram suas reflexões, junto a atividade preparada por eles.
Olhem o resultado!!!! Que Maravilha!!!
O segundo grupo nos trouxe o encantamento do cinema mudo, no qual temos como pioneiro o Charles Chaplin que contribuiu muito para a evolução do cinema. Como atividades prática, dramatizaram uma cena com mimicas, aproveitando a temática da indisciplina dos alunos em sala de aula.
O quarto grupo nos fez rir muito com a dramatização de uma cena de teatro com o tema “A morte de Cafubira”, cena de um filme que acontece em três versões: rindo, chorando e em câmara lenta, explorando assim, a expressão corporal e facial, trabalho que resultou em um pequeno vídeo que foi postado no youtube no seguinte endereço: http://youtu.be/Q86OI2q00Yo. Assistam, vale a pena.
O último grupo, da artes Plástica, trabalharam com a pintura, fazendo um percurso da pintura rupestre até chegar à pintura moderna. Como atividades reproduziram uma tela da Tarsila do Amaral, “Abaporú” observando os traços, tonalidades de cores, tema etc., e a reprodução da pintura rupestre, apresentando então duas formas de pintar. O grupo fez abordagem interessante sobre a experiência da produção artística.
Vale ressaltar, que ao final de todo o trabalho realizado, nos surpreendemos com o desempenho dos professores, pois aceitaram a proposta de trabalho e se desempenharam para dar o melhor de si, assim como fazemos em sala de aula. Por meio dos trabalhos realizados, descobrimos varias maneiras de implementar nossa prática pedagógica, de forma mais prazerosa e dinâmica, visto que a arte tem a capacidade de nos fazer descobrir novas habilidades, novos dons e também de despertar prazer, descontração e espontaneidade, de nos fazer assumir outros papeis nos ambientes por onde circulamos no dia a dia. Em outras palavras, conforme Beverly Sills "A arte é a assinatura da civilização”.
[1] Professoras das disciplinas de Língua Portuguesa e Arte na Escola Ana Maria das Graças de Souza Noronha. Palestrantes na respectiva Formação Continuada de Professores.
show de bola
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