quinta-feira, 27 de março de 2014

Sala do Educador.


ESTADO DE MATO GROSSO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA

ESCOLA ESTADUAL PROFª. ANA MARIA DAS GRAÇAS DE SOUZA NORONHA

ÁREA DA LINGUAGEM

 

                                                                                                                             

 

 

 

 

 

 

 

RELATÓRIO DO TRABALHO DESENVOLVIDO NO PROJETO “SALA DO EDUCADOR” NA ÁREA DA LINGUAGEM

 

 

 

DOCENTES:





Aparecida de Souza Meira

Diego Silva Redez

Dionila Gomes Tavares

Ednéia Regenir da Silva Conceição

Maria Zeneide dos Santos da Silva

Margareth Aparecida de Lara Sales

Nadir Gonçalves dos Santos

Patrícia Domenes Geraldes Carvalho

 

 

CÁCERES-MT, 2013.

RELATÓRIO DO TRABALHO DESENVOLVIDO NO PROJETO SALA DO EDUCADOR NA ÁREA DA LINGUAGEM

 

 

Diante do cenário de intensas mudanças e transformações em que estamos inseridos: a revolução tecnológica, aceleração do tempo e a interatividade com as diversas mídias, a Área da Linguagem, neste ano de 2013, tomou como objeto de estudo “A formação de professor frente aos desafios impostos pela mídia e as novas tecnologias”, considerando que o estudo das tecnologias é recente e tem acompanhado as mudanças educacionais que caracterizam este início de século. Assim, objetivamos nesse processo de formação profissional analisar, refletir e discutir sobre a Tecnologia Educativa – TE, pensando a mídia como um instrumento de ensino/aprendizagem nos novos tempos.

Os encontros de formação semanais foram realizados em dois momentos. O  primeiro momento, mais específico, onde os grupos se reuniram por áreas do conhecimento, buscando aprofundar o tema proposto no projeto elaborado, por meio de pesquisas, leituras e debates; O segundo momento, de forma interdisciplinar, reunindo todos os profissionais da educação para socialização e estudo de temas gerais. Dessa forma, vamos relatar especialmente as reuniões feitas por área, nas quais desenvolvemos nosso projeto.

No primeiro encontro realizado por área (02/04/2013), aproveitamos para fazer a leitura do texto “Os múltiplos conhecimentos: saberes do aluno, saberes do professor, saberes locais, saberes universais” de Zilda Kessel. Nele, a autora aborda o processo de constituição da escola como instituição e as mudanças de concepção pela qual ela passou ao longo dos anos. Segundo Kessel (2009):

“A informação não é mais privilégio das instituições educativas e pode chegar aos educandos em diferentes lugares e situações. O controle sobre a informação e sobre os significados a que os alunos têm acesso não será mais privilégio da escola, nem do professor. (KESSEL, 2009. p.116)

Ou seja, a escola deve se apropriar do conhecimento sistematizado, da organização dessas informações, que provavelmente os alunos já trazem consigo. Discutimos ainda, sobre a rapidez com que as informações chegam até o aluno e como podemos fazer essa mediação, transformando as informações em conhecimento e aprendizagem. Chegamos à conclusão de que essa não é uma tarefa fácil, mas também não impossível. Acreditamos que uma das formas de intervir é considerando os instrumentos tecnológicos como aliados e não adversários.

Refletimos também sobre a falta de estímulo à aprendizagem, devido ao uso constante de algumas mídias como: celular, fone, etc., instrumentos que se tornam cada vez mais atrativos, roubando a atenção dos alunos.

No segundo encontro (16/04/2013), nos reunimos no Laboratório de informática para pesquisar sobre “A Tecnologia educativa e o currículo escolar”. Neste momento de pesquisa aproveitamos para tirar as dúvidas sobre o tema abordado e algumas questões que ficaram da reunião anterior. Buscamos fundamentação teórica para sustentação do nosso projeto. No final, socializamos as informações mais relevantes, tendo ainda mais claro que é “na concretização de uma mesma finalidade educativa, que a TE se cruza com o Currículo, integrando-o, instituindo-se como que seu berço “operacional” para as questões da comunicação educativa.” 

No terceiro encontro (30/04/2013) abordamos como temática: “A Tecnologia educativa à luz das Teorias Curriculares”. Através das Orientações curriculares podemos esclarecer o papel da tecnologia na busca do conhecimento e compreender de que forma podemos conciliar aprendizagem e tecnologia. Conforme Toller (1990: p.132) Castells (2000: p.116) “na sociedade global em que vivemos, o poder está na informação”. Ela nos chega  em “fluxos” de maneira “descontextualizada”(Pacheco, 2001), através dos múltiplos meios de comunicação de massa. De certa maneira, acaba provocando uma “sobrecarga informacional”, obrigando-nos a nos adaptar rapidamente, de modo prático e cuidadoso. Pois o que ontem era conhecimento, hoje já se tornou ultrapassado. (Lazio e Castro, 1995: p.132). Isto significa dizer, que a busca pelo conhecimento deve ser constante e como profissionais da educação que somos, devemos estar atentos as mudanças para que nossas aulas não se tornem ultrapassadas.

No quarto encontro (14/05/2013) tratamos de questões relativo ao “Currículo escolar e o papel do professor no contexto das tecnologias educacionais”, no intuito de refletir um pouco mais sobre o perfil do professor dos novos tempos. Dialogamos sobre a importância da atualização do professor quanto ao uso das mídias e o reconhecimento do seu papel como mediador e formador. Pesquisamos também alguns vídeos que tratam dessa temática, como por exemplo, o vídeo que traz a história de “Joãozinho”. Este por sua vez, aborda a questão de que os alunos estão constantemente ligados e conectados as informações, vivem num tempo acelerado e num mundo agitado, e muitas vezes quando vão à escola, não conseguem se adaptar, pois percebem que ela não evoluiu, ou seja, continua nos moldes tradicionais, ou muitas vezes, mudam os instrumentos, mas os métodos continuam os mesmos.

No quinto encontro (28/05/2013), fizemos um estudo conciso sobre “A sociedade da informação”, na qual entendemos que “a narrativa digital promete-nos uma vida cômoda, ajustada às necessidades e gostos individuais: as casas inteligentes, a comunicação permanente, o acesso fácil e rápido a fontes inesgotáveis de informação”, coisas que facilitam, de certa forma, a vida do individuo, mas prejudica de modo geral, a vida comunitária e o bem-estar social. Nesse sentido, entendemos que o papel do educador deve ser o de mediador, ou seja, não deve se eximir de ensinar o aluno a selecionar as informações, a utilizar adequadamente os meios de comunicação a que têm acesso, a analisar a sua realidade, a questionar o que assimilam das mídias sociais, e principalmente, a agir de forma coerente com os princípios e valores morais na vida em sociedade.

No sexto encontro (11/06/2013), fizemos um levantamento de textos de diversos gêneros que podem ser utilizados em sala de aula para estudo, e que por sua vez abarcam as seguintes temáticas: tecnologia, educação e desafios de cidadania.

O Sétimo encontro (25/06/2013), cujo tema foi: “Tecnologia da informação e comunicação na formação de professores”, procuramos nos ater às teorias que formulam sobre a era digital e a tecnologia da informação, bem como a importância da comunicação na formação de professores. Neste, chegamos a compreensão de que, no que diz respeito à tecnologia, há um grupo favorável ao uso das novas mídias, mas também há um grupo que demonstra certa resistência, talvez por falta de formação e preparação para uso desses instrumentos ou mesmo por conservadorismo.

No oitavo encontro (09/07/2013) discutimos sobre “A comunicação audiovisual no processo didático: no ensino e na formação profissional”

O nono encontro realizado por área (05/11/2013) foi o momento de organização e sistematização dos dados coletados durante os encontros, no processo de execução do projeto. Preparamos alguns slides com mensagens, teorias, vídeos e imagens a respeito do tema proposto para fazer a exposição e socialização aos demais profissionais.

No décimo encontro (12/11/2013) fizemos a apresentação e socialização do nosso projeto executado na Área da Linguagem, aproveitamos ainda para fazer a avaliação dos resultados obtidos no processo de desenvolvimento do mesmo. Pedimos ao técnico do laboratório de informática que fizesse a apresentação de alguns programas de computador que podem ser utilizados como instrumento de ensino-aprendizagem. Esta foi uma estratégia interessante de uso da tecnologia de forma benéfica. Como nosso grupo foi o último a socializar, encerramos a formação com uma confraternização, manifestando nossa satisfação de concluir mais um trabalho realizado com esforço e determinação.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

REFERÊNCIAS

 

CASTILHO, Ataliba Teixeira de. A língua falada no ensino de português, São Paulo: Contexto, 1988.

BEZERRA, Maria Auxiliadora. Ensino de Língua Portuguesa e contextos teórico-metodológicos. In: Gêneros Textuais e Ensino/ DIONÍSIO Paiva Ângela, MACHADO,

Rachel Anna, BEZERRA, Maria Auxiliadora (org.). São Paulo: Parábola Editorial, 2010.

CUNHA, Furtado Angélica, OLIVEIRA, Rios Mariângela, MARTELOTTA, Eduardo Mário (org.). Linguística Funcional: teoria e prática (org.). Rio de Janeiro: DP&A, 2003.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, SECRETARIA DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA. Elaboração de Projetos: guia do cursista. Maria ElisabetteBrisola Brito Prado.Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida.(Organizadoras). 1. Ed. Brasília, 2009.

HETKOWSKI, Chaves, Roberto, Genotan. O gênero blog e sua aplicabilidade ao ensino de Língua Inglesa. Tapurah, 2011/02. 48 f. (Trabalho de Conclusão de Curso em Letras) – Unemat Cáceres/ MT.

KLEIMAN, B Ângela (org). – A formação do professor: perspectiva da linguística aplicada Campinas, SP: Mercado de Letras 2001.

KLEIMAN, B Ângela (org.). Leitura: ensino e pesquisa – campinas, SP: Pontes, 2ª edição, 2ª reimpressão, 2004.

KLEIMAN, B Ângela (org). Oficina de leitura: teoria e prática – 5ª edição, Campinas, SP: Pontes: Editora da Universidade Estadual de Campinas 1997.

LIBÂNEO, José, Carlos. Adeus professor, adeus professora? Novas exigências educacionais e profissão docente / ed,- São Paulo: Cortez, 2010. – (coleção questões da nossa época; v, 2) MARCUSCHI, Luiz, Antônio. Da fala a escrita: atividades de retextualização- 9. ed.- São Paulo: Cortez, 2008.

RAFAEL, Luiz Edmilson. Atualização em sala de aula de saberes linguísticos de formação: os efeitos da transposição. In: KLEIAMAN, B Ângela (org). A formação do professor: perspectiva da linguística aplicada. Campinas, SP: Mercado de Letras 2001.

SIGNORINI, Inês (Org.) 2010. Investigando a relação oral/escrito. Campinas: Mercado das Letras, 2001.


 anexo














 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

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